MENSAGEM DIARIA

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terça-feira, 29 de junho de 2010

Formando pessoas para a vida


Pr. Francisco Araújo Barretos Neto
Arapongas, PR

Afirma-se, entre os pastores, que há igrejas que são ótimas parteiras, mas péssimas babás; outras são ótimas babás, mas péssimas parteiras.

Querem dizer que há igrejas que desenvolvem ótimo evangelismo,
mas não cuidam de suas novas ovelhas e elas se perdem.

Existem aquelas que acompanham o novo convertido até a maturidade cristã, mas não usam ou não têm métodos de crescimento.

Nesse contexto, é que entra o papel da educação cristã,
área da igreja que visa desenvolver um trabalho de babá
com aqueles que nasceram no reino do Deus.
Para tanto, as igrejas e pastores precisam superar vários desafios.


Desafios de formar educadores

A educação cristã na Igreja precisa ser vista como ministério e o educador cristão como ministro, Ef 4: 11. Com isso, teremos mais pessoas com formação nessa área atuando dentro da Igreja e pessoas da Igreja atuando na rede educacional secular. Assim como há investimento na formação teológica de um pastor, precisa haver também na formação educacional da pessoa que tem um chamado de Deus para esse ministério. Pode ser um curso de graduação, especialização, mestrado e até doutorado.

Valor do ensino - Conceitos errados levam a resultados desastrosos. Por isso é importante reavaliar que tipo de pensamento está dirigindo as práticas educativas dos responsáveis por essa área na igreja. À vezes temos professores, mas nem sempre educadores. O educador tem algo a dizer, sabe o que está dizendo e por que está dizendo. Se os resultados não estão sendo os esperados, existem mudanças a serem feitas. E tudo começa com a contextualização do conceito de educação cristã.

Que é educação cristã - A palavra educação vem do latim ducare que significa guiar, conduzir; e o prefixo e, significando para fora. Assim, educação pode ser entendida como a atividade de conduzir para fora. No Novo Testamento, o vocábulo khristianós refere-se aos cristãos, ou seja, as pessoas que praticam os ensinamentos de Cristo. Dessa forma, podemos pensar em educação cristã como um conjunto de atividades que conduz as pessoas para fora do reino das trevas e as ensina e capacita a viverem de acordo com os princípios de Jesus Cristo.

Papel da educação cristã - O neoconverso tem uma história de vida e conceitos adquiridos no decorrer de sua existência que precisam ser trabalhados. Para ele, é um momento de intensa luta e de dúvidas. Cabe à Igreja, através dos meios de instrução, ajudá-lo a entender o que está acontecendo. Ele está assimilando idéias bíblicas à sua maneira e é nessa fase que certos conceitos precisam ser corrigidos ou ampliados. Porém, para isso, é necessário superar o costume de fazer educação cristã de qualquer maneira. É preciso saber para onde se está direcionando o educando.

Desafios de educar para tempos como este

Desde os seus primórdios, a comunidade cristã percebeu que seu propósito educacional era a promoção da fé cristã vivenciada. Porque o maior problema da humanidade nunca foi o ateísmo, mas a idolatria nos aspectos econômico, social, político, cultural e religioso.

A sociedade atual - Os últimos cinco séculos se caracterizaram pela modernização da vida através das ciências, da invenção, da técnica, do forte uso da razão, do pensamento reflexivo e crítico, com resultados, sobretudo, na área econômica permitindo mais controle sobre a vida, maior bem-estar, maiores facilidades e meios para viver bem.

O ser humano atual - Isso produziu uma sociedade moderna, com pessoas que querem ser modernas, ou seja, que têm pensamento próprio, crítico e livre, que conhecem cientificamente muitas coisas, que têm comportamentos novos, sobretudo em relação à família, ao trabalho e à espiritualidade, que são mais livres, mais individualizadas. Esse é o mundo que está desafiando o educador cristão.

Numa época em que o visual predomina, é muito importante pensar nos recursos técnicos do ensino. É fundamental considerar-se o valor do material de apoio escrito (as revistas de EBD) que devem estar nas mãos dos alunos.

Investindo em pessoas - O cristão não deve se conformar com esse século, mas ser transformado pela renovação da mente, Rm 12: 2. Ao formar um novo crente, desde a criança até o adulto, o educador cristão deve encarar o desafio de ser e produzir cristãos para tempo como este. Não é errado cursar uma faculdade nessa área para atuar dentro ou fora da igreja. Pelo contrário, com maior conhecimento, produzirá melhores resultados. Por isso, invista em você mesmo.

Desafios de formar cristãos

Nas igrejas evangélicas, o púlpito é o centro da educação cristã. É através dele que o pastor imprime à igreja a linha espiritual que o trabalho precisa. Mas, convenhamos: por causa da distância, da falta de diálogo, da formalidade, o púlpito nem sempre responde a todas as necessidades imediatas de cada pessoa que entra no templo. Por isso, a Igreja precisa ter outros mecanismos de educação cristã, para atender às várias faixas etárias.

Consolidação - Após a decisão (ou a conversão), são dadas as primeiras instruções e procura-se ver quais são as principais necessidades espirituais do novo convertido. Por isso, é importante se fazer isso com o mais profundo amor e segurança.

Discipulado - Não basta apenas ganhar pessoas para Cristo. É preciso capacitá-las a viver como cristãos. Discipular é conseguir que o novo convertido firme seus passos nos ensinos de Jesus, de tal maneira que haja mudança de vida e se envolva nas atividades da igreja. Antes do batismo, todo neoconverso deve fazer um curso preparatório e, após o batismo, um curso de discipulado.

A Escola Bíblica - A EBD tem a vantagem da continuidade e profundidade. O educador cristão precisa transmitir, formar e construir valores perenes para a vida cristã e secular. Para tanto, a escola bíblica dominical é fundamental para formar o caráter e os conceitos bíblicos de seus participantes.

Cursos e palestras - Alguns temas específicos, tanto na área administrativa, pessoal ou doutrinária, são mais bem assimilados quando ensinados em momentos especiais e para um grupo seleto. Para tanto, é necessário investimento. Encontros, seminários, acampamentos, cursos rápidos proporcionam esses treinamentos e ampliam a visão dos membros da Igreja.

Formar liderança - Explorar o potencial criativo de cada indivíduo é um meio para que o educando tenha prazer em compreender, conhecer e descobrir a vida cristã. Isso produzirá pessoas desejosas de serem treinadas para trabalhar nos departamentos internos ou no evangelismo. É por isso que uma escola para formação de liderança dentro da igreja é fundamental. Mas quem cursar essa escola, jamais deve deixar de ser aluno da EBD.


Conclusão

Um grande desafio para 2003 é fazer com que as pessoas que aceitaram a Cristo cresçam na fé, permaneçam fiéis a Ele, não abandonando sua igreja. Se forem bem consolidadas, treinadas e enviadas darão muitos frutos no reino de Deus. Por isso, na área educacional, a palavra cristã incita essa atividade a enriquecer-se pela teologia e pelo estudo da Bíblia.

Assumam uma prática educativa que enfatize:

1 - O pleno desenvolvimento de seus educandos em sua vida pessoal, social, política e espiritual;

2 - O esforço de desenvolver uma ação educativa em que o evangelho seja vivido
na realidade atual da sociedade;

3 - O processo de contínua aprendizagem da verdade libertadora, rumo à maturidade cristã;

4 - O diálogo permanente entre educador e educando na busca da compreensão
da verdade bíblica;

5 - O trabalho eclesiástico com participação ativa e criativa de todos;

6 - A unção do Espírito Santo como meio de convencimento da verdade cristã.

Publicado no Jornal Aleluia de fevereiro de 2003

extraido de www.iprb.org.br em 29/06/2010 as 14.47

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Deus não é consumista!




A Faculdade de Teologia da Universidade de Oslo (Noruega) vem trabalhando desde o outono de 2001 em um projeto intitulado “Religião em uma Era Globalizada – Transferências e Transformações, Integração e Resistência”. O objetivo do projeto é pesquisar quais os impactos que as religiões têm sobre o processo de globalização e vice-versa: quais são os impactos que os processos de globalização exercem sobre as visões de mundo das igrejas e suas práticas religiosas.

Em era de globalização, uma das principais características das religiões é fluidez, ou a capacidade de colocar em movimento mundial mensagens de transformações. Neste contexto, o Brasil desempenha um importante papel já que assumiu a posição de exportador de missões religiosas para o Norte, principalmente através de igrejas conhecidas como neopentecostais – entre elas, a Igreja Universal do Reino de Deus. Aqui vale a ressalva que todo universo religioso brasileiro que não é católico ou que não pertence à religião afro-brasileira é popularmente conhecido como igrejas evangélicas (incluindo as igrejas Pentecostais, Neopentecostais e Protestantes), reunindo um grupo de mais de 40 milhões de fiéis só no Brasil.

Qual é então uma das mensagens religiosas que o Brasil está enviando para o mundo? A mensagem do consumismo. Em total concordância com a política neoliberal e sua visão irrestrita de mercado, um grupo de igrejas evangélicas lançou a grife “Lar Evangélico”. Mais de 1,2 mil produtos que vão de gêneros da cesta básica até brinquedos terão em suas embalagens selos que deverão ser recortados pelos fiéis e depois levados às igrejas. Metade do lucro líquido obtido com os royalties do licenciamento da marca será repassado para as igrejas. O total de royalties dependerá do número de selos que cada igreja evangélica participante desse projeto arrecadar.

Sem entrar na questão do impacto ambiental promovido pelo consumismo exacerbado – aquele em que compramos coisas que não necessitamos, mas o fazemos somente com o objetivo de apaziguar nossa angústia existencial. Tentamos preencher com coisas materiais o vazio deixado pela superficialidade das relações humanas e a desconsideração para com o próximo, características da era globalizada.

O lançamento da grife “Lar Evangélico” vem ao encontro da promoção de algumas igrejas evangélicas de experienciar espiritualidade através da ‘economização’ da religião, com ênfase em riqueza significando benção de Deus ou a necessidade de sacrificar dinheiro para a igreja como forma de ter atendido os desejos mundanos: o carro do ano, a casa própria...

Por que a Igreja Universal do Reino de Deus tem tido uma expansão exponencial no Brasil, nos Estados Unidos e na África? Porque é voltada para as ‘coisas’ que as pessoas desejam – bem-estar, sucesso pessoal, riqueza. A Universal do Reino de Deus tem a perfeita fórmula para se alcançar todos esses desejos: o sacrifício através do dinheiro.
A Igreja Universal do Reino de Deus promove a si mesma mais como um centro de atendimento espiritual do que como igreja. Não é uma instituição de salvação, mas sim de libertação de tudo aquilo que impede uma pessoa de ser feliz, rica e ter sucesso. Fé é uma questão de sacrifício, de doar alguma coisa material (para a igreja, é claro) que fará muita falta para o fiel. Fé é sacrificar e ter certeza absoluta de que será atendido. Se o fiel não recebeu (mesmo se doou seu apartamento ou seu carro para a igreja) é por culpa dele mesmo, porque não acreditou plenamente. A mensagem é: ao doar para Deus (através da igreja) um sacrifício, não há como Deus não atender ao fiel.

Além do sacrifício (obrigação) de doar 10% do salário como dízimo para as igrejas, os fiéis serão agora, através da grife “Lar Evangélico”, incentivados a consumir mais e mais, mesmo que não estejam em condições financeiras de fazê-lo ou que não necessitem. E eles o farão, persuadidos pelos pastores e crendo que através de mais esse sacrifício financeiro alcançarão o paraíso terrestre. Mais ainda, a grife favorece o processo de individualização. Através da compra, justificam os pastores, o fiel estará ajudando a igreja a realizar projetos de cunho social, a ajudar o próximo que na verdade o fiel nem precisa ver ou entrar em contato com. A grife “Lar Evangélico”, uma jogada de marketing religioso inédita no mundo, mascara a falta de abertura do indivíduo para com o outro, promovendo o empobrecimento da vida. Esta é uma das mensagens religiosas do Brasil para o mundo globalizado.

ANDRÉA ZENÓBIO, Jornal do Brasil

extraído de www.jornalocaminho.com.br no dia 28/06/2010 as 19.00

domingo, 27 de junho de 2010

Fé perseguida, provada e aprovada


Vittoria Andreas

Aconteceu em maio de 2009, em um país islâmico. Após ter viajado cerca de 1h30, encontramos um lugar agradável que ficava ao pé de um lago. Ali paramos para comer, descansar, cantar e meditar na Palavra de Deus.

Depois de alguns hinos, o responsável pelo “pic-nic” nos apresentou a um homem idoso, pele queimada, mãos grossas, que tinha uma perna mais curta do que a outra e carregava nas mãos uma pasta surrada. Aquele homem de aparência rústica, não apresentável e que não inspirava expectativa alguma, começou a contar o seu testemunho.

Na infância, conheceu uma mulher, amiga de sua mãe, cuja profissão era parteira. Um dia, essa mulher preparou uma festa de aniversário para uma das crianças das quais havia feito o parto. E, nessa festa, passou o filme “Jesus”. Uma imagem, então, ficou vívida em sua mente: “Aquele homem [Jesus] tinha algo”.

Aos 19 anos, o homem conheceu alguns missionários que havia ajudado com mudanças e outras tarefas. Numa manhã, já adulto, levantou-se com sede de conhecer a Palavra de Deus. Procurou, então, um missionário que o conduziu a uma sala e lhe falou sobre o evangelho. No entanto, eles não ficaram ali por muito tempo, pois tinham que recepcionar um grupo que iria chegar à missão. Na hora do almoço, um dos jovens abriu a Bíblia e leu o texto de Romanos 8.1: “Agora nenhuma condenação há para aqueles que estão e Cristo Jesus”. O homem, então, começou a chorar e se entregou a Cristo.

Ele era casado e tinha dois filhos pequenos. Quando chegou o Ramadã -- mês em que o jejum é obrigatório para os muçulmanos -- não o fez. E por isso foi preso ao ser denunciado por um amigo.

Na prisão, o homem foi interrogado e torturado. Ele se sentia só e pensava na esposa e nos filhos. Não havia ajuda, pois eles eram considerados traidores, por terem abandonado a fé islâmica. Às vezes, aparecia um policial que lhe dizia: “Negue o cristianismo e você será liberto!”. Entretanto, a convicção que ele tinha da sua fé em Cristo o manteve firme, mesmo diante da perseguição.

Um dia, esse homem recebeu a visita de sua esposa, que estava em prantos. Ele logo percebeu que sua família estava com problemas: eles não tinham o que comer. Se ele negasse a Jesus, poderia sair dali e ajudar a sua família. Porém não o fez.

Essa visita o deixou muito angustiado. Ele, então, chorou e clamou a Deus. De repente, no caminho para o quarto, o homem avistou um pedaço de jornal que voava em sua direção. Ele pegou aquele pedaço de papel onde estava escrito: “A nossa luta não é contra carne nem sangue” (Ef 6.12). Como foi que o jornal parou ali?

Após alguns dias, o chefe da prisão pediu ao homem que fizesse um trabalho para um de seus filhos, cujo tema era “liberdade”. Muitos anos antes esse país havia sido protetorado francês. Ao ler o trabalho, o chefe lhe disse: “Você tem razão! Nós somos livres!”. Seis meses depois, ele foi solto -- dias depois de ter lido aquele pedaço de jornal. Ele foi solto porque cria que Jesus Cristo o libertaria.

Hoje, com mais de 60 anos, o homem tem cinco filhos e todos estão nos caminhos do Senhor, servindo-o. Um deles casou-se com uma espanhola e tem um programa de evangelização no rádio e discipulado por extensão. Outra é líder de um grupo de senhoras e os outros dois também dirigem grupos de convívio. Sua nora, a espanhola, foi há pouco tempo expulsa do país por estar com algumas nacionais em um apartamento estudando a Bíblia. Ela havia sido denunciada por um vizinho que percebeu uma movimentação estranha naqueles dias. Porém, continuam firmes no evangelho.

Pode, portanto, haver cadeias, arresto, perseguição, prisão, mas “não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). “A palavra de Deus não voltará vazia, antes dará o seu fruto” (Is 55.11).


• Vittoria Andreas é missionária transcultural. Serviu na Bolívia, Inglaterra e em um país muçulmano do Norte da África, nas áreas de ensino missiológico e teológico, e capacitação de novos obreiros.

extraido de www.ultimato.com.br dia 27/06/2010 as 15.28

Robert Raikes e a Escola Dominical



O que pode nos ensinar Robert Raikes?

Creio que Robert Raikes pode nos ajudar no debate atual sobre a Escola Dominical, afinal foi ele quem a criou. Ou pelo menos, foi ele quem obteve mais sucesso com a idéia.

Vamos ouvir sua história.

1. O Problema – A situação era conseqüência, não causa

Certo domingo de 1780, Robert Raikes encontrou, numa área pobre de Gloucester, um grupo de crianças maltrapilhas brincando na rua. Enquanto ele censurava severamente o grupo de delinqüentes juvenis, uma senhora que ele acompanhava a casa após o culto interrompeu-o para explicar-lhe que estes jovens violentos e impetuosos existiam porque, quando crianças foram ignorantes, pobres e sem instrução.

- “Porque, então, eles não vão à escola aprender?”, perguntou Raikes.

- “Por que não podem”, replicou ela.

- “Mas que disparate!”, disse Raikes. “Há tantas escolas particulares que oferecem instrução livre e gratuita. Porque é que estes pequenos pagãos não vão para uma delas?”.

- “Porque”, acrescentou ela, “eles trabalham em fábricas em regime de 12 horas por dia, durante 06 dias por semana. O Senhor Pode dar-me uma sugestão onde é que eles poderão ir estudar? Só os jovens de classe média, que não precisam trabalhar, é que podem freqüentar essa suas escolas”.

2. A Solução – Resposta à demanda social

Raikes percebeu que essas crianças estavam a um passo do mundo do crime e ele chegou a ver o destino de muitas delas, ao visitar as prisões de Gloucester. Então decidiu: melhor prevenir do que remediar.

- “Ora se eles trabalham durante a semana toda vamos ensiná-los no domingo”.

Então, Raikes contratou uma equipe de quatro mulheres no bairro para lecionar em cozinhas transformadas em salas de aulas, recebendo um xelim e seis pence, cada uma.

As aulas começavam às 10 horas da manhã e iam até as duas da tarde, com lições de matemática, história e inglês, com um intervalo de uma hora para o almoço.

Assim, a Escola Dominical nasceu operando de forma independente das igrejas, alfabetizando e ensinando Bà blia às crianças carentes.

3. O Perfil do Egresso – Educação para a vida

Seu objetivo principal não era ensinar a Bà blia, mas alfabetizar os alunos e ministrar aulas de religião com o propósito de reformar a sociedade. O objetivo último era modificar-lhes o caráter usando os ensinamentos bà blicos.

4. Os Resultados – Transformação de vidas e da sociedade

Depois de um perà odo experimental, Raikes divulgou suas idéias e os resultados em seu jornal, no dia 3 de Novembro de 1783. Esta experiência foi transcrita em outros jornais. Là deres religiosos tomaram conhecimento do movimento que se espalhava.

Em 1784 eram 250 mil alunos matriculados. A taxa de criminalidade de Gloucester caiu, com o advento das escolas dominicais de Raikes, de forma que em 1792 não houve um só caso julgado pela comarca de Gloucester.

Impressionado pelas escolas dominicais fundadas por Raikes, que eram responsáveis pela redução do à ndice de criminalidade de Gloucester, William Fox, diácono da Igreja Batista, o chamou para formar uma associação para promoção e criação de escolas dominicais (Sunday School Society of Great Britain - Sociedade da Escola Dominical da Grã-Bretanha). Essa sociedade foi ajudada por muitos filantropos, podendo abrir cerca de trezentas escolas dominicais, suprindo-as com livros, material didático e professores. Esta sociedade publicou, na gráfica de Raikes, o Sunday School Companion, livro com versà culos bà blicos para leitura.

5. A Oposição – Resistência às mudanças

Houve, no entanto, uma forte oposição ao movimento de Raikes, que era considerado por alguns là deres religiosos (por incrà vel que possa parecer) como um movimento diabólico, porque funcionava à parte das Igrejas e era dirigido por leigos, isto é, pessoas que não tinham formação pedagógica. O Arcebispo de Canterbury reuniu os bispos para considerar o que deveria ser feito para exterminar o movimento. Chegou-se a pedir que o Parlamento, em 1800, aprovasse um decreto para proibir o funcionamento de escolas dominicais. Achavam que este movimento levaria à desunião da Igreja e que profanava “o dia do Senhor”.

Contudo, a oposição se dissipou e o movimento das escolas dominicais prosperou.

E aqui estamos nós, graças ao Senhor e a pessoas como Raikes.

extraido de www.educaçãocristã.org.br dia 27/06/2010 as 11. 19

As MARCAS QUE EU NÃO VIA

Porque do Blog


Dizem alguns pastores que a EBD é uma entidade falida. Mas, eu acredito na Educação Cristã, acredito na EBD como formadora de cristãos saudáveis, quando ela é bem pensada e administrada, acredito que uma ou duas horas investidas na criança pode gerar frutos grandiosos no futuro, acredito nas Mensageiras do Rei e na Embaixada como formadora do caráter de meninas e meninos em Cristo.
Por isso criei esse Blog, quero e espero, disponibilizar neles boas dicas de livros, cursos, simpósios, material, artigos e reflexões sobre o tema.
Diferente do pastor EU ACREDITO NA EDUCAÇÃO, EU ACREDITO NA EBD, EU ACREDITO NA SALVAÇÃO DAS CRIANÇAS, EU ACREDITO NO PODER TRANSFORMADOR DO EVANGELHO!